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lupinus Há muitos anos, a lareira tornou-se item - quase - obrigatório nos projetos executados por arquitetos e decoradores. Afinal de contas, quem é que não gosta de ficar em um ambiente aquecido nos dias frios?  Com a decoradora Rossana Nogueira, não foi diferente. “Ao longo dos meus dezoito anos de carreira, inseri centenas de lareiras em meus projetos, desde as convencionais até as que funcionavam através da utilização de gás”, afirma. Foi durante uma viagem a Europa, em 2008, que Rossana conheceu um produto inovador. “Pesquisando novidades para os meus clientes, deparei com conceito muito interessante e que ainda era pouco conhecido no mercado nacional: as lareiras ecológicas”. Essas lareiras são basicamente queimadores com tecnologia Finlandesa. “Esses queimadores podem ser instalados de inúmeras formas, seja numa residência, comércio, hotéis, além de poder aplicá-los em mármore, granitos, madeiras, porcelanato”, informa. Com o passar do tempo, Rossana viu que estava na hora de colocar em prática todo o seu espírito empreendedor. “Devido ao grande sucesso e aceitação de mercado, deixei de atuar como decoradora para virar empresária. Atualmente, sou diretora de marketing e produtos da Ecofireplaces, empresa pioneira neste tipo de segmento no Brasil”, salienta.

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A lareira, que a princípio era direcionada, em sua maioria, apenas aos projetos de interiores, passaria a ser considerada uma nova tendência aos profissionais que assinavam os projetos de paisagismo. “Atualmente, os melhores profissionais do mercado de decoração, arquitetura e paisagismo de alto nível, fazem parte de nossa carteira de clientes. Sem contar que disponibilizamos inúmeros modelos existentes no mercado, essenciais para aquecer a área externa de qualquer ambiente”, diz a empresária. 


Entrevista

                       Sidnei 

Sidnei Harada Engenheiro agrônomo e diretor do IBRAP 

   O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea), em decisão inédita, decidiu reconhecer o “Curso Técnico em Paisagismo” do Instituto Brasileiro de Paisagismo (IBRAP). “Isto significa que, após o término do curso, os alunos poderão dar entrada para registrar-se no CREA-SP, obtendo assim um número de registro profissional”, afirma o engenheiro agrônomo e diretor do IBRAP Sidnei Harada, que concedeu entrevista a reportagem do Paisagismo em Foco. Confira os principais trechos de nosso bate-papo:

- Fale sobre os benefícios dessa conquista inédita do IBRAP?

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IBRAP - primeira escola de paisagismo de SP a ter o seu curso reconhecido pelo CREA  

   Que eu saiba somente o IBRAP e mais duas escolas de paisagismo (uma em MG e outra no DF) conseguiram esta aprovação até agora. O curso oferecido pelo IBRAP já era regulamentado e aprovado pelo MEC e Secretaria Estadual de Educação de SP, só faltava obtermos o reconhecimento por parte do CREA, que é o maior Conselho de Fiscalização de Exercício Profissional da América Latina e provavelmente um dos maiores do mundo. Em 2007, o IBRAP fez a solicitação junto ao CREA-SP. Durante muito tempo nosso pedido ficou em processo de avaliação e a partir deste ano, os profissionais formados pelo IBRAP, passam a ser registrados no CREA-SP com o título de “Técnico em Paisagismo”. Os paisagistas deverão ser fiscalizados pelo CREA, o que dará maior segurança aos seus clientes e os diferenciará no mercado. Estamos verificando os documentos necessários e os procedimentos que os alunos deverão fazer para registrarem-se no CREA-SP, após a conclusão do curso.

- A profissão de paisagista não é regulamentada por lei aqui no Brasil. Qual é o processo de formação para uma pessoa que queira trabalhar com o paisagismo?

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Após o curso, o aluno aprovado pode ainda registrar-se no CREA-SP

   Atualmente, arquitetos, engenheiros florestais, agrônomos e muitos outros profissionais formados em outras áreas, trabalham com paisagismo. Não vejo isso de forma pejorativa, já que o setor conta com excelentes profissionais, por exemplo, o Gilberto Elkis, que é formado em administração de empresas e não deixa de ser um dos ícones da profissão. Para que uma pessoa que tenha interesse em trabalhar com o paisagismo, o ideal é procurar uma escola que ofereça uma excelente infraestrutura, além de contar com um ótimo corpo docente, que é o caso do IBRAP, que há muito anos forma profissionais em São Paulo. Nosso objetivo é formar profissionais capacitados a exercer a profissão de técnico em paisagismo, desde o planejamento de um jardim até o gerenciamento de um empreendimento paisagístico. A carga horária é de 1.200 horas, sendo dividida em: 800 horas de aulas teóricas e práticas (são 28 disciplinas divididas em 4 módulos) e 400 horas de estágio supervisionado e atividades complementares durante ou após o término do curso. Em média, todo o processo de formação leva cerca de quatro semestres. Após o curso, o aluno aprovado pode ainda registrar-se no CREA-SP, obtendo habilitação profissional para atuar como Técnico em Paisagismo. É interessante o mercado contar com profissionais formados em técnico em paisagismo, o que fomenta um argumento a mais para que a formação acadêmica possa ser reconhecida.

Os profissionais que atuam no paisagismo, contam com a representação de duas entidades, a ANP (Associação Nacional de Paisagismo) e a ABAP (Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas), porém, existe um impasse entre essas associações, que divergem quanto a regulamentação da profissão. Qual a sua opinião a respeito disso? 

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Os paisagistas Burle Marx (a esquerda) e Gilberto Elkis são considerados

ícones do setor, mesmo sem formação específica em paisagismo

   Acredito que a maior função de um paisagista, seja a criação de espaços para as áreas externas, em sua maioria. O IBRAP também conta com alunos formados em arquitetura, que buscam especialização no paisagismo. Não tiro a razão da ABAP, que mostra que é a arquitetura quem cria os espaços e o paisagista implanta o projeto. Só que não podemos esquecer, que muitos profissionais renomados, não tiveram formação em arquitetura, como é o caso de Burle Marx ou mesmo do Gilberto Elkis. Os arquitetos têm sim uma excelente formação, porém, precisam ter a complementação de paisagismo. Esses profissionais necessitam adquirir mais conhecimento técnico, em botânica, por exemplo, e outros conceitos. Nenhum curso superior atual prepara um paisagista de forma completa, pois o paisagismo é uma área multidisciplinar. O ideal, em minha opinião, seria unir ambas as associações para que juntas, pudessem lutar pela formação de um curso com nível superior em paisagismo, o que será melhor consequentemente para os profissionais, para os clientes e para o mercado. O setor precisa de uma associação unida e que certifique seus profissionais, numa espécie de exame da OAB, provando quem tem a capacidade de assinar projetos de paisagismo. Essa rivalidade entre a ANP e a ABAP não leva a lugar algum. Para idealizar um projeto paisagístico, o paisagista precisa saber implantar também.

- O mercado de paisagismo está aquecido no Brasil? Quais são as suas expectativas?

  Sim. O mercado de paisagismo está atrelado à construção civil e o setor tem apresentado excelentes índices de crescimento aqui no Brasil. Com a economia aquecida, O paisagista e o paisagismo, também têm sido cada vez mais valorizados. As pessoas têm buscado cada vez mais qualidade de vida, que é uma das maiores premissas do paisagismo. O mercado, de uma forma geral, está cada vez mais exigente, por isso, necessita de profissionais que possuam um excelente nível de formação. Ao contratar um profissional, é interessante o cliente procurar saber sobre sua formação, experiência profissional e principalmente as suas referências. Como fazer isso? Simples, basta consultar outros clientes. Você evitará problemas e riscos em seu projeto de paisagismo.

Imagens: divulgação

 


 





NA ÍNTEGRA

Gica

Gica Mesiara - precursora da Ecoarte e criadora dos Quadros Vivos e Painéis Vivos

  Ao redigir esta entrevista sobre a paisagista, inventora, artista plástica e empresária - como se define - Gica Mesiara, lembrei-me de uma reportagem publicada pela revista São Paulo (suplemento do jornal Folha de S. Paulo), que mostrava um pouco da história e do trabalho do arquiteto, artista e ativista ambiental belga, Luc Schuiten, que há mais de 30 anos cria as chamadas “cidades vegetais”. Nos desenhos de Luc, a natureza “reconquista” seus direitos sobre o espaço urbano e as construções imitam os formatos das plantas.

  Não precisei de muito tempo para chegar à conclusão que Luc e Gica têm muito comum, ainda que as ideias dele permaneçam apenas no papel. Já os ideais dela tem se transformado cada vez mais em realidade.


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  A capacidade dos projetos paisagísticos em valorizar o espaço e, ao mesmo tempo, trazer a natureza e o verde para as grandes cidades está levando o setor a crescer de maneira acelerada nos últimos anos. Somado a isso está o tema Sustentabilidade, que vem movimentando a sociedade e as empresas a repensarem o meio-ambiente e a qualidade de vida.

 


Loja-Market-Place

 

   A DryWash, pioneira mundial em lavagem de veículos sem a utilização de água, abre sua primeira loja em Barueri. A inauguração da unidade no Shopping Iguatemi de Alphaville, que aconteceu no último dia 14 de julho, marca a chegada de mais uma loja-conceito da rede, reforçando a ampliação das ações de sustentabilidade da empresa.

 No mercado de conservação automotiva há 17 anos, a Dry Wash presta serviços que ultrapassam a simples lavagem exterior. Oferecendo aos seus consumidores, polimento, higienização, limpeza do motor e impermeabilização de vidros, entre outros serviços complementares que são referências no setor de atuação.

  De acordo com Lito Rodriguez, fundador da Dry Wash, o local escolhido para receber a nova loja foi estratégico. “Muitos de nossos clientes eram não só moradores de Alphaville, mas também trabalhavam na região de Barueri e há tempos nos pediam uma Dry Wash nessa localidade. Essa expansão da marca para municípios próximos de São Paulo demonstra o fortalecimento da nossa gestão e de nossa empresa. A intenção é estar presente em cidades próximas a São Paulo, como Campinas, ABC, entre outras”, revelou Lito.

  A unidade Dry Wash no Shopping Iguatemi Alphaville é uma das maiores do grupo, com 360m² possui capacidade para atender até 20 veículos simultaneamente. Foram investidos R$450 mil na nova loja, que terá 20 consultores formados pelo SENAI – a maior instituição de ensino técnico da América Latina.

  A loja de Alphaville segue o modelo conceito que foi implantado pela primeira vez no início deste ano na unidade do Shopping Market Place, em São Paulo. No local foi instalado um inovador sistema de iluminação que chega a economizar cerca de 50% da energia, com refletores laterais para simular a luz do sol. Os materiais utilizados na construção do espaço também seguem os conceitos de sustentabilidade com painéis produzidos com madeiras de demolição. Pneus reciclados também são utilizados na loja como bancos, que ajudam os técnicos a alcançarem a parte superior dos carros.


ifla

 

Com uma agradável temperatura de 30C, a cidade de Zurique, na Suiça, foi sede do 48ª edição do Congresso Mundial de Paisagismo da IFLA, federação que representa a classe internacionalmente. O evento aconteceu entre os dias 27 e 29 de junho e reuniu mais de 1200 pessoas, entre profissionais e estudantes.

 

 

Considerada cidade modelo, Zurich, que pela segunda vez foi palco do evento, deu exemplo de como podemos ter uma cidade rica, vibrante, acolhedora, intensa e diversa, em harmonia com a natureza. Afinal, de forma responsável e ecológica a sustentabilidade está presente em todas as dinâmicas da cidade, desde o belo trabalho realizado com o lixo, transformado em energia e reciclado em novos produtos, passando pelo eficiente e limpo sistema de transporte até a qualidade das águas dos rios e fontes, com águas potáveis jorrando das fontes.

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Raquel_Osorio_Veiling  Quem visitou a feira de negócios Garden Fair – Enflor 2011, realizada na cidade de Holambra (SP), entre os dias 9 e 12 de julho, teve a oportunidade de observar o quanto o mercado de flores e plantas está aquecido aqui no Brasil. Bastava andar um pouco pelos corredores da feira para visualizar as centenas de empresas presentes com o objetivo de mostrar as suas últimas novidades, o que deve ser tendência, além do lançamento de inúmeros produtos, que devem chegar em breve ao mercado. A reportagem do Paisagismo em Foco, esteve no stand do Veiling Holambra, um dos maiores centros de comercialização de flores e plantas ornamentais aqui no Brasil.  

  A gerente da categoria de flor e de corte da empresa, Rachel Osório, revela que há muitos anos o mercado de flores e plantas ornamentais é um dos setores que mais tem crescido por aqui. “Mesmo com a crise financeira internacional, o mercado manteve o seu excelente ritmo, de 12 a 15% ao ano. Nos próximos anos o superávit deve ser ainda maior, devido a Copa do Mundo de 2014 e as Olímpiadas de 2016, que irão refletir diretamente no mercado de paisagismo também”, salienta. Somente o Veiling deve movimentar cerca 135 milhões de euros este ano.