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GBC: construções sustentáveis avançam no Brasil


Durante a 2ª Greenbuilding Brasil – Conferência & Expo, principal fórum de discussão sobre construções sustentáveis do País, que aconteceu de 29 a 31 de agosto, em São Paulo, especialistas, empresários, consultores e profissionais do setor, discutiram as melhores práticas, soluções e tendências em projetos verdes. O evento, foi promovido pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, com apoio e coordenação do GBC.

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2ª Conferência & Expo, principal fórum de discussão sobre construções sustentáveis do País

A expectativa era fechar o ano com um número acumulado de 35 empreendimentos certificados e 300 em processo de certificação. Graças ao bom desempenho do setor nos primeiros cinco meses do ano, a estimativa cresceu 50% em relação a 2010, podendo chegar a 335 empreendimentos com certificação.

A maior conscientização das corporações e o papel do GBC Brasil em disseminar conhecimento são fatores que justificam o avanço. Além disso, a sustentabilidade passou a integrar a agenda dos líderes e formadores de opinião e é hoje uma exigência dos compradores.

Em 2010, 40% dos novos registros LEED estão fora dos Estados Unidos, país que lidera o ranking. Ou seja, o crescimento observado no Brasil é uma tendência global que tem como forte aliada a internacionalização do selo LEED, que hoje está presente em 127 países com mais de 9 mil certificações em todo o mundo.

Presente no Brasil desde 2007, o GBC conta atualmente com quase 500 empresas membros, que apóiam as atividades da organização por estarem comprometidas com a causa, seja por meio da adoção de práticas de green building em suas instalações ou ofertando materiais e serviços eficientes e responsáveis do ponto de vista ambiental.

Esse engajamento deve ser comemorado já que a construção civil é um dos setores que mais agride o meio ambiente, sendo responsável pelo consumo de 21% da água tratada, 42% da eletricidade, 25% das emissões de CO2 indiretas e 65% da geração de resíduos.

Em contrapartida, construir sustentável traz diversos benefícios ambientais: o consumo de energia é, em média, 30% menor; o consumo de água sofre redução de 30% a 50%; a redução da emissãode CO2 pode alcançar 30% e da geração de resíduos varia de 50% a 90%.

Ao contrário do que ainda se pensa, as construções verdes não têm custos tão elevados. Em relação à obra convencional, o valor pode ser de 2% a 7% maior. Mas esses custos são rapidamente pagos pela economia na operação (manutenção, água, energia, segurança e TI) que pode chegar a 9% durante a vida útil do empreendimento. Além disso, um prédio verde tem payback de 3 a 5 anos, enquanto o convencional se dá entre 5 e 10 anos.

O GBC Brasil também atua na formação de profissionais. Em 2008, a organização implantou o Programa Nacional de Educação que já contou com a participação de 27.000 profissionais em todo o Brasil. O Programa inclui cursos livres, onlines, especializações e MBAs na área de construções sustentáveis.

Copa Verde

O GBC Brasil, O BNDES, o Comitê Organizador Local (COL) e a organização Copa Verde estão engajados na construção sustentável para a Copa do Mundo de 2014. Uma linha de crédito diferenciada foi criada pelo BNDES para os estádios que obterem a certificação. Oito estádios sede da Copa de 2014 estão registrados no LEED e a expectativa do GBC é alcançar 10 dos 12 estádios sede.

Sobre o Green Building Council Brasil:

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As construções verdes não têm custos tão elevados em relação à obra convencional

O GBC Brasil é uma organização não governamental criada em 2007 para fomentar a indústria de construção sustentável no país. Por meio de sua atuação junto ao governo e à sociedade civil, usa as forças do mercado para disseminar a certificação LEED (Leadership in Energy Environmental Design), selo que atesta a sustentabilidade de um empreendimento. Além de disseminar e apoiar as iniciativas do setor, atua fortemente na capacitação técnica de profissionais dos vários elos do setor da construção.

Mais informações www.gbcbrasil.org.br

Imagem: divulgação