
Pandemia Paisagística
- Marcelo Faisal
O vírus do jardim se espalhou.
Para todos os lados.
Para todos os campos.
No meio desta loucura, medo e desconhecimento, a necessidade de nos recolhermos e buscarmos um novo lugar seguro, fez com que as casas se valorizassem muito.
Esta necessidade de isolamento, despertou o desejo da família em melhorar o bem estar e o prazer de viver em casa.
Quem já morava em casa teve o privilégio de viver a quarentena com mais espaço e liberdade, e insistiu no seu jardim. Quem mora em apartamento, procurou uma segunda moradia, onde pudesse desfruta das áreas externas.
Surpreendentemente, a pandemia ao contrario do esperado, incrementou o nosso mercado a médio e longo prazo.
Novas aquisições, novos projetos e novos jardins surgiram nesta nova anormalidade.
Portanto, diante deste cenário, somos privilegiados, podemos ter um sentimento positivo de que nosso mercado está valorizado e que temos uma grande responsabilidade a frente.
Somos responsáveis pelo bem da família, das pessoas que moram em casa, em apartamentos com varandas ou que investiram em casa de campo, ou praia.
Logicamente, a economia como um todo desacelerou, mas também trouxe mudanças de hábitos que brevemente, trará um retorno para nosso seguimento.
Condomínio residenciais no interior de São Paulo, tiveram um crescimento grande em vendas de casas e terrenos, como nunca imaginamos para este momento.
Isto reforça a ideia de que teremos um aquecimento ainda maior quando retomarmos à normalidade.
Particularmente falando, tivemos um crescimento no número de projetos paisagísticos orçados e aprovados. A execuções de grandes jardins desaceleraram, mas sinalizam um reaquecimento. As vendas do viveiro, que imaginei despencar, seguiram bravamente nossos custos fixos e nossa equipe de 17 funcionários.
Portanto, após 100 dias de pandemia, que parecia ser trágico, tenho a sensação de que vencemos mais uma batalha, graças a importância do nosso trabalho e dos nossos jardins, responsáveis por tamanha beleza e bem estar.