Confira as novidades e perspectivas de mercado sob a ótica dos nossos colunistas
Em 2011, acredito que ocorreu um aumento significativo na procura por projetos em escala urbana. O mercado de paisagismo atuava pouco nesta questão dos parques lineares e aos poucos, está aumentando a procura, principalmente nas questões que dizem respeito ao planejamento urbano.
Esses eventos são de extrema importância e falar de paisagismo é sempre muito positivo. Nesses eventos, as pessoas têm a oportunidade de conhecer as soluções importantes e novidades.
Com relação às conquistas, não poderia deixar de mencionar que o nosso escritório de arquitetura paisagística foi pela quinta vez eleito pelo Top of Mind, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha junto a arquitetos e designers de interiores, como o melhor escritório de arquitetura paisagística do país.
Os trabalhos em escala de planejamento urbano seguramente irão aumentar em 2012.
Acho que durante este ano, que finda, descobri algumas ferramentas para sonhar melhor e para administrar, de forma razoável, minha própria vida. Talvez o logro mais importante não fosse o número de projetos paisagísticos, das crônicas escritas, nem das palestras onde tantas pessoas generosas suportaram e até elogiaram minhas ponderações. O mais importante foi reunir paisagistas em torno da ideia de pensar em um mundo um pouco mais verde.
Esses acontecimentos (eventos) são a conseqüência natural de um mercado em pleno crescimento. Entretanto deveriam funcionar não apenas como o resultado do alargamento das atividades do nosso segmento, mas satisfazendo mais e melhor os produtores de plantas ornamentais, a indústria nacional de máquinas e ferramentas, o setor de fertilizantes e os próprios paisagistas que se mostram tão carentes dos subsídios mais elementares, para levar em frente suas empresas.
Há uma forte tendência para o lazer criativo, onde a gastronomia e a jardinagem se transformaram no hobby “da vez”. Se somarmos a isto o fato de nosso país ser a segunda economia da América, atrás apenas dos Estados Unidos, onde a velocidade de crescimento é bastante inferior a brasileira, teremos um futuro cheio de promessas. Falta, e isto preocupa, focar melhor as responsabilidades dos profissionais que atuam no âmbito que planeja a paisagem urbana. As cidades brasileiras clamam por soluções ambientais e o paisagista deve responder a este chamado ocupando o lugar que lhe cabe na sociedade, para resolver estas questões.
Com certeza 2011 foi um ano ótimo ano para o Stúdio Mari Polesi. Desenvolvemos excelentes projetos e consolidamos cada vez mais nossa atuação no mercado de Alphaville, Tamboré, e interior, atendendo a inúmeros projetos de construtoras e escritórios de arquitetura.
Com relação a minha contribuição para o segmento, através do Paisagismo em Foco, reunimos profissionais e empresas importantes, que além de provocar debates pertinentes sobre o rumo da nossa atividade, promoveram troca de experiências e o contínuo aprendizado. Tudo isso compartilhado de forma democrática para o maior numero de pessoas.
A participação do paisagismo em todos esses eventos vem crescendo. Ficou evidente como o paisagismo realmente emoldura todos eles, dando unidade, beleza e qualidade as mostras, eventos e feiras do setor. Em 2011, participei de duas delas e visitei as demais, e fiquei satisfeita com o resultado, claro que acho que ainda falta uma grande variedade empresas participantes, mas estamos no caminho certo. A participação neste tipo de evento é fundamental para o relacionamento indústria/profissional e divulgação de produtos e serviços que estão à disposição para que os projetos possam ficar ainda melhores.
Minhas perspectivas para o próximo ano são bastante positivas, com mais um ciclo em alta do mercado imobiliário, aliado a real percepção da importância do paisagismo dentro de um projeto independente de sua escala. Acredito que em 2012 teremos um ano de consolidação e ainda forte crescimento do mercado. Estamos em um nível de desenvolvimento onde as pessoas já são capazes de compreender a necessidade para o ser humano em 'reconectar-se' com o meio ambiente. O paisagismo é uma das únicas formas que estuda e projeta espaços para essa finalidade, além de contemplar quase que por princípio materiais naturais, construções orgânicas. Em pleno século XXI é uma necessidade pensarmos em 'não construção', e infelizmente nem todos tinham acesso a esses conceitos, que agora passam a ser fortemente arraigado. Não há espaço para amadorismo e baixa qualificação da cadeia construtiva em todos os níveis.
O ano de 2011, foi um muito proveitoso e importante para o escritório. Ganhamos diversos prêmios: (Casa Cor, Casa Cor Trio e Olga Krell), estes prêmios são o importante reconhecimento do mercado profissional ao nosso trabalho.
Os eventos são muitos importantes, pois lançam tendências e é uma maneira do paisagista mostrar o seu trabalho.
O paisagismo tem sido levado a sério no mundo, as pessoas estão percebendo a importância das áreas verdes e da sustentabilidade. A conscientização do verde é um dos itens mais importantes para ampliarmos ainda mais o mercado de paisagismo.
Em 2011 abrimos um novo escritório, em Madrid com um showroom de paisagismo. Antes estava apenas em Barcelona. O jardim do showroom foi publicado em varias revistas e também fizeram uma reportagem sobre ele para a televisão.
Apresentei o programa "Reforma Integral - Jardim" para um canal de TV aqui na Espanha. Também fui convidada a participar da Fiaflora, criando um jardim que recebeu boas críticas e diversas publicações em revistas do mundo verde, e vários projetos novos e desafiadores.
Acho que o Brasil tem uma qualidade incalculável em eventos de decoração tanto de interiores como de exteriores. Só tive a oportunidade de estar na Fiaflora, dado que meu trabalho está em sua maioria na Europa. Um grande evento! Mas acompanhei por fotos e as reportagens publicadas aqui pelo Paisagismo em Foco e fiquei morrendo de inveja de não poder ir...
Vejo um potencial tremendo para o mercado de paisagismo no Brasil. Acho que tem tudo para ser de tecnologia de ponta e com muito desenho, qualidade e bom gosto. E aqui na Espanha temos um longo caminho pela frente, já que ainda não existe a cultura do jardim privado. Coisa que pouquinho a pouco estamos mudando. Com muito trabalho e esforço, além do poder da boa vontade! Enfim, posso dizer que o paisagismo só tem a crescer e se desenvolver. Em diversos aspectos, áreas e continentes.
Ana Rita Gimenes & Ralph Dekker
Somos imensamente gratos pelo ano de 2011. Trabalhamos muito, com empenho, perseverança, planejamento e foco, sempre contando com a credibilidade e preferência de nossos clientes e parceiros, e nossas as metas foram superadas.
No campo da Arte Floral organizamos mais cursos e workshops do que o ano anterior, trazendo designers florais renomados da Holanda (Boerma Instituut e Marcel van Dijk – Oogenlust), Bélgica (Bart Nys e Bart van Hove), Alemanha (Wally Klett), França (Marie Françoise Deprez) e Brasil (Orlandio Santos). Os cursos foram muito bem avaliados por nossos clientes (nos serviços e infraestrutura de nossa escola, e conteúdo e didática dos professores) e certamente o efeito multiplicador será sentido pelos consumidores finais, com arranjos florais mais diferenciados e contemporâneos, seguindo as tendências internacionais da Arte Floral. Todos estes convidados internacionais retornam ao Brasil e ainda temos um novo nome, Pim van den Akker, da Holanda, que virá pela primeira vez ao nosso país.
No campo do Paisagismo e Jardinagem a mostra ‘Minha Casa Meu Jardim’, idealizada e organizada por nós para a Expoflora - Festa Holandesa das Flores foi um sucesso de público e de imprensa, superando o ano anterior. Os profissionais e empresas que participaram desta edição já se inscreveram para o próximo ano, com perspectivas ainda melhores de divulgação de seus produtos e serviços. Estamos trabalhando no tema do próximo ano com muito entusiasmo.
Organizamos dois grupos de viagens para a Europa, uma em abril e outra em maio, que foram excepcionais, e serão repetidas nos mesmos meses de 2012 com algumas novidades. As viagens são destinadas para profissionais de floricultura, decoração, paisagismo, jardinagem e afins e acontecem durante a primavera européia.
Todos os eventos certamente despertam cada vez mais o interesse do público final e oferecem propostas mais reais para os gostos e bolsos dos brasileiros. A imprensa em geral, sempre presente, têm contribuído com a multiplicação das informações e imagens. É obvio que um público mais bem informado será um público mais interessado e isto cria sempre novas e maiores demandas. O desafio para todos os profissionais e empresas do setor é contribuir com uma mudança de cultura no brasileiro, cultura que valorize mais flores, plantas e jardins, seja nas residências ou empresas.
Acredito que o mercado de paisagismo só tem a crescer nos próximos anos. Em todas as nossas viagens para os principais eventos do exterior, temos visto muitas novidades em produtos e serviços que ainda são desconhecidas por empresas e profissionais brasileiros. Produtos para todos os orçamentos e necessidades, que aos poucos, certamente, serão introduzidos no nosso país.
O legal de tudo isso é que temos um mercado de muitas oportunidades, com bastante potencial. Mas em contrapartida vai exigir muito mais dos profissionais e empresas.
Que juntos possamos tornar o mundo mais belo, colorido e emocionante, com a máxima expressão da Arte Floral e do Paisagismo.
‘A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação’. Fernando Pessoa.
Começamos o ano com uma perspectiva nunca vista antes, todavia os atrasos das obras e a falta de mão-de-obra no mercado em geral, fizeram os resultados recuarem. Esperávamos um crescimento entre 20 e 25%, mas mantivemos o mesmo faturamento de 2010 [não informa]. Estamos vivendo um colapso dos serviços em geral.
A Casa Cor precisa se reinventar, desgastou, mas continua sendo a maior marca das feiras. Já a Fiaflora Expogarden teve um congresso de altíssimo nível e é a feira mais relevante do mercado verde. A Mostra Black mexeu com o conceito de mostra de decoração. Foi bem bacana e deve-se manter em 2012.
Não será fácil e as construtoras/incorporadoras vão desacelerar. O gigantismo das empresas deve dar lugar a empresas mais racionais. Precisamos formar mão de obra qualificada urgente e acabar com a paranóia e pressa do mercado!
Em 2011, estive mais voltado para a parte do Curso Técnico de Paisagismo do IBRAP. Em relação a serviços de projeto e implantação, destaco apenas alguns trabalhos de um jardim de 2.500 m² de uma indústria em Jundiaí, um sítio de 25.000 m² em Porto Feliz e uma casa linda em Ilha Bela. E uma grande conquista para mim, foi ter conseguido a aprovação do Curso Técnico de Paisagismo do IBRAP junto ao CREA, mas as maiores conquistas mesmo ficam por conta de quando eu vejo alguns alunos fazendo excelentes trabalhos e se destacando no mercado.
Acompanhei alguns eventos pessoalmente e outros somente virtualmente. A Casa Cor, cujo objetivo é apresentar as principais tendências, o paisagismo está ganhando cada vez mais espaço e destaque. Os espaços estavam muito aconchegantes e vimos uma crescente preocupação com a sustentabilidade, o que é ótimo. A Garden Fair, Enflor e Expoflora também estão crescendo e ficando cada vez melhores, apresentando belos jardins e bons fornecedores. A Mostra Black já é direcionada para outro tipo de público e foi uma proposta de criar ambientes luxuosos e conceituais, e pelos nomes dos paisagistas envolvidos: Alex Hanazaki, Luis Carlos Orsini e Marcelo Faisal, o resultado só poderia ter sido primoroso. A Fiaflora é ainda uma das maiores feiras na área de paisagismo e o objetivo é aproximar profissionais e fornecedores, porém sinto que antigamente, quando a Fiaflora era realizada no Centro de Convenções Imigrantes, havia mais fornecedores de plantas, acessórios e insumos. Mas resumindo, sinto pelo crescimento nestes eventos, que o paisagismo tem crescido muito, valorizando mais os profissionais que atuam nesta área.
Apesar de previsões de que o mercado imobiliário vá crescer um pouco menos em 2012, as perspectivas são as melhores possíveis. Temos cada vez mais imóveis valorizando o paisagismo, há cada vez mais consciência de que o paisagismo não é somente para valorizar a estética do imóvel, e sim para criar ambientes agradáveis, que convidam as pessoas a desfrutar da natureza, aumentando a qualidade de vida. Dentro deste contexto, de crescimento do mercado imobiliário e da importância do paisagismo principalmente nestes novos empreendimentos, as perspectivas do mercado de paisagismo são excelentes, com tendência a crescer sempre, pois além de todo o cenário positivo, temos ainda grandes eventos esportivos que irão trazer muitos investimentos.
Estande da revista eletrônica Paisagismo em Foco presente na 14ª Fiaflora Expogarden e nos principais eventos e feiras do setor
Como você deve ter percebido os nossos colunistas também tiveram um ano com muitas conquistas. Nós aqui do Paisagismo em Foco aproveitamos a oportunidade para agradecer a cada um desses profissionais, que ao longo de 2011 disponibilizaram parte de seu tempo para compartilhar informações com qualidade, seriedade e acima de tudo: com credibilidade.
Para o próximo ano, esses mesmos profissionais afirmam que o setor vai manter o seu ritmo de crescimento saudável e sem dúvida alguma o seu superávit vai permanecer acima da média. "Nosso principal objetivo vai continuar sendo a propagação de conteúdos exclusivos, com forma e qualidade. Parabéns a todos os nossos colunistas e os nossos sinceros agradecimentos a você leitor", salienta Pedro Henrique de Oliveira.
Em 2012, o Paisagismo em Foco vai apresentar inúmeras novidades, novas editorias, novos colunistas, com um conteúdo de primeira, na forma e na qualidade que você merece!
Imagens: divulgação
Imagem Pedro Henrique de Oliveira (CLAYTON DE SOUZA/Agência Estado)