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Reestruturando a casa antiga sem perder o velho charme

Reestruturando a casa antiga sem perder o velho charme


Construir uma nova edificação em um terreno sem modificar completamente a casa antiga é um desafio de reinterpretação. Isso porque o respeito pela história daquele imóvel deve estar refletido no projeto, de forma a conciliar harmonicamente com o novo. As preocupações são estruturais, documentais, estéticas e de memória, levando em conta as heranças arquitetônicas da edificação já existente.

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De acordo com as arquitetas Flávia Gamallo e Fabiana Couto, do escritório Coga Arquitetura, o primeiro passo é analisar a estrutura da edificação existente e a forma como ela se implantou no terreno. “Em conversa com os moradores e usuários, estudamos os fluxos, o dia a dia na residência atual, espaços que devem ser adicionados, ampliados ou mantidos. Sempre com a finalidade de suprir as necessidades dos moradores, além de uma perfeita integração entre velho e novo”, afirmam. O segundo passo, segundo as profissionais, é elaborar o projeto de acordo com as leis vigentes da prefeitura municipal para conseguir a emissão do alvará de construção.

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A partir daí, seguem os desafios projetais em que pesam como condicionantes primárias as dimensões do lote, afastamentos obrigatórios, áreas máximas, altimetrias, insolação, entre outras. Junto a isso, o respeito pela memória da edificação já construída. Para Flávia Gamallo e Fabiana Couto, não se pode perder de vista referências à forma da casa e materiais existentes, lembrando sempre de valorizar o que ela já representou na história do terreno. É desse cuidado com o imóvel antigo que nascerá uma reinterpretação bem atual com técnicas e materiais contemporâneos.

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As arquitetas citam como exemplo uma reforma e ampliação que executaram recentemente no terreno onde já havia um chalé. Segundo elas, a construção existente receberá um envelopamento de grãos minerais e manta asfáltica aplicada por sobreposição. Essa intervenção definirá a forma original triangular do chalé e resolverá aspectos técnicos de estanqueidade de águas nas aberturas. Novas esquadrias serão posicionadas de forma a trazer mais claridade aos ambientes internos da construção existente. Um anexo com área de lazer, gourmet e um estúdio de fotografia foi projetado independente da estrutura do chalé e ao mesmo tempo interligado. “Formalmente, é clara a intenção de fazer algo conectado ao chalé, com linhas mais retas e simples”, encerram as profissionais.

Mais informação:

http://cogaarquitetura.com.br/